sábado, 25 de dezembro de 2010

Perfil – Palmira Ribeiro – Megaminas.com

Palmira Ribeiro - Jornalista
Você vai conheça um pouco sobre a grande profissional, Palmira Ribeiro, que é supervisora de conteúdo do Megaminas.com.
Palmira fala sobre seu trabalho como supervisora de conteúdo de web, seus trabalhos extras e seus projetos para o futuro.

Keila: Como é trabalhar no Megaminas?
Palmira -
É um desafio diário. Estar numa redação, transformar textos de tv em textos para serem lidos na internet. Lidar com problemas técnicos (porque internet e sistema sempre têm problemas e é preciso administrar isso e até aprender um pouco de TI) e saber que todos os dias muitas pessoas nos leem e acreditam na nossa credibilidade. Sem contar que poder passar um pouco do que é o jornalismo online para estagiários que ficam conosco no Megaminas é algo que pra mim são sementes plantadas de fato para um futuro que está totalmente voltado para a interatividade!
Keila: O que você faz no Megaminas?
Palmira - Sou supervisora de conteúdo web. Cargo criado para quem é responsável por supervisionar o conteúdo, assumir responsabilidades, distribuir tarefas, rever linha editorial e até administrar coisas rotineiras como folgas, plantões, etc.

Keila: Quando surgiu a oportunidade deste trabalho?
Palmira -
Surgiu em 2003. Eu tinha acabado de sair de uma agência de comunicação e prestado um serviço freela para Prodaub na área de jornalismo para TI e apareceu a vaga. Fiz todos os testes, concorri com muita gente boa e consegui passar. Era destino.

Keila: Quanto tempo você trabalha no online?Palmira - Trabalho com online desde a época da Prodaub, ou seja, desde 2003.

Keila: Como é feito a escolha das notícias que vão para o online?
Palmira -
Existem vários caminhos.
1º - O carro chefe: Os textos de TV de todos os programas da TV Integração (Bem Viver, MG Rural, MGTV, Globo Esporte) são transformados na linguagem online e temos de dar todos, na "medida do impossível". A dificuldade é não termos tempo para ouvir as sonoras e apurar notícias o tempo todo devido à velocidade da internet e também de tanta notícias que temos diárias.
2º - Acompanhar as apurações dos produtores de TV. Do lado deles ficamos sabendo de acidentes, notícias que podemos jogar na hora no site e acompanhar a apuração. 3º - Ficar atenta aos releases que chegam. Podemos editar os releases e até antecipar notícias que posteriormente viram pauta para os jornais graças às assessorias.
4º - Ficar ligada ao MSN ou as redes sociais que avisam o tempo todo o que está acontecendo na cidade. Se vai chover, se não vai, por exemplo. Nisso, tentamos manter contato e ficar por dentro do que pode virar ou não notícia.
5º - Estar presente na vida dos internautas recebendo sugestões deles e fotos como no dia do tornado. Eles nos ajudam a escolher e dar as notícias.

Keila: Quanto tempo você trabalha no Megaminas e quando você começou?
Palmira - Entrei no Megaminas em dezembro de 2003 e estou até hoje. Fiz sete anos de casa com muito orgulho de olhar para trás e ver quanta coisa mudou, principalmente a visão de muita gente de dentro da TV sobre o poder e a ajuda da internet.

Keila: Trabalhar numa empresa grande igual a Rede Integração te restringe a fazer algumas coisas, seja na vida profissional ou pessoal? Como é a liberdade de uma pessoa que trabalha no jornalismo da empresa?
Palmira -
O Grupo Integração abre portas em termos de visibilidade e credibilidade. Com isso, acabou me ajudando a ter outros trabalhos, a ser reconhecida e respeitada. A liberdade da empresa é a maior possível. Impasses às vezes surgem até que as notícias sejam devidamente apuradas. Mas não me recordo de censura ou qualquer coisa do tipo. Tudo é argumentado, questionado e imparcial. Inclusive se eu for contra a alguma reportagem da TV ou etc, tenho a liberdade de questionar os editores, repórteres e trocarmos ideias para que tudo possa ficar da melhor forma possível.

Keila: Além do Megaminas você presta serviço para outras empresas também?
Palmira - Sim. Infelizmente em jornalismo não se vive apenas de um emprego. Apesar de a profissão ser considerada insalubre e por isso deveríamos trabalhar 5 horas, como os salários são baixos acabamos procurando outros empregos. Faço um freela de jornal de agronegócio e em toda a minha carreira, desde os 19 anos, sempre procurei ter dois estágios, um trabalho fixo e um freela. Meu receio é voltar a ter dois empregos fixos porque infelizmente o excesso de trabalho do jornalista causa estresse, problemas de saúde e como já tive, prefiro administrar minha vida de outra forma. Morrer de trabalhar não é a saída, a saída seria se lutássemos por melhores salários.

Keila: Conte um fato interessante que já aconteceu com você durante o seu trabalho no online.
Palmira -
Lembrei-me de uma cobertura de política. Na primeira eleição em que o prefeito Odelmo concorreu depois que eu já estava no Megaminas, o dono do Grupo Integração, o Dr. Tubal, estava em viagem no exterior. De lá ele acompanhou toda a apuração pelo Megaminas. E foi a primeira vez que eu ouvi do dono "do poder que a internet tem e que ela precisa ser valorizada porque ultrapassa a barreira do principal negócio que o Grupo tem, que é a TV". Isso me fez ver que valia a pena porque ele e milhares de pessoas onde quer que estejam estão nos lendo e podem acompanhar tudo da região. Saber que uberlandenses, araguarinos, etc estão no mundo acompanhando a gente é algo recompensador. Mas já tive vários bons momentos nestes sete anos e também muitos momentos difíceis e de aprendizado, daria um livro.

Keila: Qual é o seguimento do jornalismo que você tem vontade da atuar?
Palmira -
Meu sonho é voltar a ter a minha empresa. É ter uma agência de comunicação que possa oferecer serviços de online, de assessoria, de comunicação empresarial. Já atuei nisso e eu queria voltar para isso e tenho fé que isso vai voltar a acontecer na hora certa! Graças a Deus já experimentei de tudo no jornalismo, mas escrever e administrar é algo que eu tenho na veia!

Keila: Já pensou em mudar de área, tentar fazer outra coisa completamente diferente do seu trabalho atual?
Palmira - Nunca pensei. Aliás, a pergunta sempre me foi: Se eu não fosse jornalista eu daria conta de ser outra coisa? Sinceramente, não sei. Já parei nas ruas e fiquei olhando restaurantes, lojas e fico pensando do que eu poderia sobreviver se eu precisasse. Em qual ramo eu investiria. Mas ainda não sei e espero não precisar! Eu digo para muitos estagiários meus que estão começando que "jornalismo é algo de sangue, de alma. Se nasce jornalista"!

Keila: Como você concilia a sua vida profissional e pessoal?
Palmira -
Hoje tranquilamente. Mas já existiram épocas, por excesso de trabalho, que eu não via namorado, família, vivia dentro da redação ou do quarto trabalhando. Hoje tento ter tempo para mim, para os amigos, para o trabalho. Não quero ser escrava como eu era. É preciso viver, porque a vida é muito curta e já dizia alguém "quem trabalha demais não tem tempo para ganhar dinheiro, muito menos gastá-lo e a gente ainda pode ficar doente".

Keila: Quais são os seus planos para o futuro?
Palmira -
Eu quero continuar no Megaminas e num projeto novo da TV Integração para 2011 que por enquanto não posso falar, mas que eu vou ajudar na transição e coordenação e isso já me deixa feliz pela confiança e ansiosa. Também quero pensar em como realizar meus sonhos de ter uma agência de comunicação, pois isso exige tempo, disponibilidade, dedicação. Mas ainda é meu sonho.

Keila: E para quem pretende trabalhar no online, quais são as suas dicas?
Palmira -
Olha, dizem por aí que a agilidade é tudo na internet. Digamos que eu ache que é quase tudo. Na ânsia de estagiários e jornalistas tentarem dar uma notícia a gente acaba cometendo erros. Apurando mal apurado, etc. Não vale esta correria se não for bem feito. Eis minha primeira dica. A segunda é gostar de escrever. Infelizmente esbarramos ainda no fato de muitas pessoas ainda não saberem ou não quererem escrever. Eu sinto falta de estudar mais português, de fazer cursos de online, de poder interagir e entender ferramentas de TI e de redes sociais. Mas é importante lembrar que acima de tudo, quem trabalha com online precisa saber escrever. Se não souber e se não for imparcial, de nada vai adiantar.


Perfil Palmira RibeiroIdade: 30 anos
Estado Civil: Solteira
Profissão: Jornalista
Área de atuação: Webwriting, conteúdo web, assessora de comunicação e de imprensa e repórter
Formação Acadêmica:- Especialista em Comunicação e Marketing pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) (ano de conclusão: 2005)
- Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo (ano de conclusão: 2001)
Centro Universitário do Triângulo (Unitri) - MTB: MG 07888 JP

Idiomas: Inglês – intermediário: escrita, leitura e conversação

Experiência Profissional:Dez 2003Atual Megaminas.com – Supervisora de Conteúdo Web
Maio 2008Atual Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) - Diretora regional Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba
Agosto 2008Atual Associação dos Produtores Plantio Direto (APDC) - Jornalista APDC
Junho 2008Sindicato dos Representantes Comerciais - Jornalista Sircau
Jan/2005Jan/2006 Invista Comunicação – ACS Call Center e Jornal, Orthomed, UAI Q Dança, Banda Giralua - Assessora de comunicação, de imprensa, planejamento
Set/2002 – Abr/2003 Perspectiva Comunicação e Marketing - Assessora de imprensa, planejamento, jornal
Jun/2003 – Set/2003 Processamento de Dados de Uberlândia – Prefeitura de Uberlândia - Entrevistas e documentação para planejamento
99/2001 - Jornal Correio de Uberlândia - Repórter estagiária

2 comentários:

Anônimo disse...

Palmira realmente é uma exelente profissional...gostei da entrevita.

Anônimo disse...

Parabéns pela entrevista feita com a Palmira,ficou muito bacana.

Carla Cristina